Nuno,Viviane, Diego"Zoreia", Profº Roosevelt, Paulo Celso, Heron e Diego.
Parabéns a todos os membros da LAAC-UFSJ 2009
Este é um blog criado pelos membros da Liga Acadêmica da Universidade de São João Del Rei_UFSJ. O objetivo é de divulgar a Análise do Comportamento, transmitindo o conhecimento de forma interessante e divertida. e-mail da Liga: liga.acufsj@yahoo.com.br
A conselho de um amigo de família, Skinner se matriculou no Hamilton College de Nova York. Ele escreveu:
“Nunca me adaptei à vida de estudante. Ingressei numa fraternidade acadêmica sem saber do que se tratava. Não era bom nos esportes e sofria muito quando as minhas canelas eram atingidas no hóquei sobre o gelo ou quando melhores jogadores de basquete faziam tabela na minha cabeça... Num artigo que escrevi no final do meu ano de calouro, reclamei de que o colégio me obrigava a cumprir exigências desnecessárias (uma delas era a presença diária na capela) e que quase nenhum interesse intelectual era demonstrado pela maioria dos alunos. No meu último ano, eu era um rebelde declarado”.
Como parte dessa revolta, Skinner instigava trotes que muito perturbaram a comunidade acadêmica e se entregava a ataques verbais aos professores e à administração. Sua desobediência continuou até o dia da graduação, quando na abertura das cerimônias, o diretor o alertou, e aos seus amigos, que, se não se comportassem, não colariam grau.
Ele se formou em inglês, recebeu a chave simbólica da Phi Beta Kappa e manifestou o desejo de tornar-se escritor. Quando criança, tinha escrito poemas e histórias, e, em 1925, num curso de verão de sobre redação, o poeta Robert Frost fizera comentários favoráveis sobre seu trabalho. Durante dois anos depois da formatura, Skinner dedicou-se a escrever e então decidiu que não tinha “nada importante a dizer”. Sua falta de sucesso como escritor o deixou tão desesperado que ele pensou em consultar um psiquiatra. Considerou-se um fracasso e estava com sua auto-estima abalada. Também estava desapontado no amor; ao menos uma meia dúzia de jovens havia rejeitado suas investidas, deixando-o com o que ele descreveu como intensa dor física. Skinner ficou tão perturbado que gravou a inicial do nome de uma mulher no braço, onde ela ficou durante anos.
Depois de ler sobre John B. Watson e Ivan Pavlov, Skinner decidiu transferir seu interesse literário pelas pessoas para um interesse mais científico. Em 1928, inscreveu-se na pós-graduação de psicologia em Harvard, embora nunca tivesse estudado psicologia antes. Foi para a pós-graduação, disse ele, “não porque fosse um adepto totalmente comprometido da psicologia, mas para fugir de uma alternativa intolerável”. Comprometido ou não, doutorou-se três anos mais tarde. Seu tema de dissertação dá um primeiro vislumbre da posição a que ele iria aderir por toda a sua carreira. Sua principal proposição era de que um reflexo não é senão a correlação entre um estímulo e uma resposta.
Depois de vários pós-doutorados, Skinner foi dar aulas na Universidade de Minnesota (1936–45) e na Universidade de Indiana (1945–47). Em 1947, voltou a Harvard. Seu livro de 1938, “O Comportamento dos Organismos”, descreve os pontos essenciais de seu sistema. Cinqüenta anos mais tarde, esse livro foi considerado “um dos poucos livros que mudaram a face da psicologia moderna”, e ainda é muito lido. Seu livro de 1953, “Ciência e Comportamento Humano”, é o manual básico da sua psicologia comportamentalista.
Skinner manteve-se produtivo até a morte, aos oitenta e seis anos, trabalhando até o fim com o mesmo entusiasmo com que começara uns sessenta anos antes. Em seus últimos anos de vida, ele construiu, no porão de sua casa, sua própria “caixa de Skinner” – um ambiente controlado que propiciava reforço positivo. Ele dormia ali num tanque plástico amarelo, de tamanho apenas suficiente para conter um colchão, algumas prateleiras de livros e um pequeno televisor. Ia dormir toda noite às dez, acordava três horas depois, trabalhava por uma hora, dormia mais três horas e despertava às cinco da manhã para trabalhar mais três horas. Então, ia para o gabinete da universidade para trabalhar mais, e toda tarde retemperava as forças ouvindo música.
Aos sessenta e oito anos, escreveu um artigo intitulado “Auto-Administração Intelectual na Velhice”, citando suas próprias experiências como estudo de caso. Ele mostrava que é necessário que o cérebro trabalhe menos horas a cada dia, com períodos de descanso entre picos de esforço, para a pessoa lidar com a memória que começa a falhar e com a redução das capacidades intelectuais na velhice. Doente terminal com leucemia, apresentou uma comunicação na convenção de 1990 da APA, em Boston, apenas oito dias antes de morrer; nela, ele atacava a psicologia cognitiva. Na noite anterior à sua morte, estava trabalhando em seu artigo final, “Pode a Psicologia ser uma Ciência da Mente?”, outra acusação ao movimento cognitivo que pretendia suplantar sua definição de psicologia. Skinner morreu em 18 de Agosto de 1990.
Fonte:www.pedrassoli.psc.br/psicologia/skinner.aspx
Essa semana, em uma rápida passada pelo banheiro masculino aqui da universidade, me deparei com mais essa pérola colada em cima do espelho da pia.
Mais um caso de pessoas preocupadas com o desperdício e o meio ambiente. Esse digníssimo sensato indivíduo foi muito feliz em sua intervenção.
Cansado de toda vez se deparar com o rolo de papel higiênico todo "empapado" de água. Manifestou-se então: “Não deixar o rolo de papel higiênico em cima da pia. Sabe por quê? Porque molha e molhando tem que jogar fora. Isso chama-se desperdício; portanto não coloque o rolo de papel higiênico em cima da pia.”
Ou seja, a sagaz pessoa, que provavelmente não é um analista do comportamento, mas sem saber pensou como um, utilizou de um procedimento simples. Descreveu as conseqüências aversivas da resposta de deixar o rolo de papel higiênico na pia.
A idéia foi realmente brilhante e bem funcional, só diria a pessoa que na próxima vez fosse melhor dizer o que as pessoas devem fazer com o rolo e não o que não devem fazer (ex: portanto coloque o rolo de papel higiênico na divisória dos sanitários) aumentando assim, ainda mais a probabilidade de seguirem a regra. Mas parabéns ao anônimo!
Bom, depois de várias comilanças e as devidas digestões percebi que esses comportamentos de venda em rodízios eram bastante comuns em várias pizzarias por aí a fora. Então como um bom analista do comportamento que sou, comecei a pensar e pesquisar sobre os controles que atuam nesse tipo de venda, pois, como ele se mantinha, algum tipo de reforçador por parte das pizzarias era obtido, pois não dá pra viver tomando prejuízo financeiro de nós estudantes, famintos malabaristas econômicos.
Pois muito bem, na última vez que voltamos na pizzaria fiz um levantamento de nível de base, de quantos pedaços de pizza habitualmente comeria e o quanto beberia se comesse
Quando fui analisar os dados, tive uma surpresa. Na contingência normal em casa, com as fatias de pizzas e refrigerantes à disposição de meu garfo e copo, sem atuação de operações estabelecedoras (OE Privação de Alimento), em um esquema de reforço contínuo (CRF), minha média era de 4 pedaços de pizza e dois copos de refri (400 ml). Já na contingência rodízio, onde incidia uma poderosa OE de privação de alimento e o esquema de chegada de pedaços de pizzas em meu prato foi
Se pensarmos o preço que a pizzaria cobra em um rodízio que é quase o mesmo de uma pizza de oito fatias inteira, e que geralmente eles servem refrigerantes baratos ou os com embalagens retornáveis. Ponto pra pizzaria!!! Compensa mais pra eles “dar” do que vender refrigerante nos rodízios, espertos que são, sabem que grande parte dos clientes vão sempre famintos. Assim, nós acabávamos sem perceber, por beber bem mais do que o normal, principalmente nos intervalos de uma fatia para outra, e assim saciamos com bem menos do que precisaríamos caso tivéssemos que comprar o refri. Com esse comportamento adjuntivo eles são reforçados positivamente (SR+) com o lucro que ganham. Sem falar nos ganhos de divulgação pra pizzaria, já que todo mundo sai falando muito bem do lugar.
Quando contei de meu breve experimento para uma amiga ela, sem pensar muito, me disse: “Dherrrr! Mas é Óbvio! É claro que eles te entopem de refrigerante, pra daí você não comer nada! E principalmente nós mulheres que já comemos pouco, comemos menos ainda! Eles faturam!”
Pois, é! Esse ingênuo experimento me fez repensar a aplicação do comportamento adjuntivo como forma de marketing e nas vendas, e de nunca mais rir da cara do dono da pizzaria!
O comportamento adjuntivo pode ser bem genericamente definido, como sendo um comportamento mantido de modo indireto por variáveis que controlam um outro comportamento, não sendo mantido diretamente por suas próprias variáveis controladoras.
Falk em seu estudo pioneiro em 1961 observou que ratos em estado de privação de alimento, quando estavam na caixa experimental pressionando a barra em esquema de reforçamento intervalo variável 60s’ (VI60) para a obtenção das pelotas, acabavam por beber mais água do que normalmente bebiam (polidipsia), já que na caixa experimental havia água disponível durante todo o experimento. Ou seja, os ratinhos mesmo famintos, sobre um determinado esquema, acabavam bebendo mais água do que quando estavam na gaiola viveiro onde dispunham de água e comida livremente.
É claro que aqui ainda cabem várias outras análises e implicações, porém a idéia foi só ilustrar e nos divertir demonstrando a abrangência e amplitude de nossa visão beheca sobre o mundo.
É a beleza de nossa querida Análise do Comportamento e seus controles em nosso cotidiano! Vivendo e discriminando!!!
Abraços a todos!
"Os principais problemas enfrentados hoje
(Skinner, 1974, p.8)